Vertigem_azul - The secret of Life, lies in the Sea

Lembro-me ainda daqueles momentos como se fosse agora; A sua recordação irá perdurar comigo, até ao final desta minha "outra vida".Eu morri há muitos anos atras. Era uma criança curiosa, debruçada no rebordo de uma piscina, no intuito de apanhar uma boia feita de um pneumático (uma brincadeira já repetida inumeras vezes) mas, naquele dia, algo correu mal e caí desamparado na agua salgada.Lutei para me manter no cimo mas foi em vão.Arfava por ar e inspirava água.Lentamente senti-me afundar ,até os meus pés tocarem no fundo.Quando se morre afogado, morre-se numa lenta agonia.O ar foge-nos.A vida abandona-nos enquanto mergulhamos inexoravelmente na escuridão.Não sei ao certo o tempo que fiquei lá no fundo daquela piscina mas recordo-me que era profunda , com uma cor verde esmeralda que atraía e atemorizava ao mesmo tempo.Acordei comigo enfiado num beliche e surpreso de estar cercado de pessoas.A minha familia.Haviam-me trazido de volta à vida. Hoje, sentado na areia desta praia,

Dizes que a esperança não existe porque simplesmente não a consegues ver nem segurar; E eu respondo-te que, se por um infeliz acaso te encontrares subitamente a meio de um terramoto, soterrado por toneladas de escombros, a única coisa que te irá manter vivo é a esperança.Quando tiveres passado por todos os limiares da resistência humana não será outra coisa senão a esperança que irá manter o teu corpo e, o teu cérebro desperto e atento para que possas sobreviver o maior tempo possivel.Sem "Ela" deixar-te-ias morrer.Quando pensas que já nada te poderá salvar, eis que surge uma luz ao fundo de um tunel e descobres finalmente o mais importante da vida: Não é o teu modernissimo automóvel, nem a tua bem recheada conta bancária, nem os locais paradisíacos por onde passaste.Tudo o que queres é viver! Tão somente viver!A simplicidade da existência;Estar aqui e estar vivo e depois...

São luzes sabes?São luzes que se vão apagando, uma a uma, pouco a pouco e, nunca mais voltam a acender...;Envelhecer é assim.

Sou: O educador metódico O modelo exemplar Ou o ombro amigo Onde podes chorar? Sou: O anjo da guarda A zelar sempre por ti, Ou o professor exigente Que pouco sorri? Ouso enfrentar as tempestades E acalmar os trovões. E desafiando Montanhas, Sobrevivo a tufões... Enquanto dormes, meu filho. Sou um Homem apenas, Com orgulho profundo Sorrindo com a alegria De te ter trazido ao Mundo. Sou simplesmente... Teu Pai.

As vezes ao ler, abandonamos por momentos este lugar tão triste, tão monótono, tão igual a si mesmo e, onde viver é apenas"viver" e pouco mais.Em mil e uma histórias a que a nossa imaginação dá côr e forma, fazemo-nos " transportar" ao cenário da acção e então, tudo o que existe já não é sonho mas, ...real! As vezes ao ler, este lugar já não parece assim tão vazio, tão sem graça e começamos a acreditar que algures a aventura espera por nós. Nunca é tarde para sonhar.Um dia... quem sabe?

Esta é uma carta aberta a um treinador de futebol.Como simples carta que é, não reflecte necessáriamente as opiniões certamente mais avalizadas dos nossos profundos conhecedores do panorama futebolistico nacional mas, as de um observador atento e preocupado com a probreza crescente (em proporção inversa à qualidade do futebol praticado) espraiando-se nesses relvados(e pelados) por esse País fora.O futebol português a nivel de clubes está doente.Culpe-se o publico que não comparece aos jogos.Culpem-se os dirigentes que não apresentam soluções a longo prazo, preferindo o desenrascar " em cima do joelho"e o bombástico, em detrimento do planeamento atempado,da procura sistemática das relações de causa e efeito e da apresentção ponderada de soluções.Culpem-se os técnicos por não adoptarem modelos tácticos, previligiando o espectáculo( porque é um espectáculo de que realmente se trata), por não cuidarem da preparação fisica dos seus atletas, pormenorizando diferenciando e personali

Saí do trabalho cansado sem saber para onde ir. Acendi um cigarro rebuscado no fundo de um bolso qualquer.Parei e avaliei o transito:Os automóveis circulavam sem cessar.Nisto ganhei coragem e pedi passagem, seguindo em frente para um outro lugar.Entrei no primeiro transporte público que encontrei.Mecânicamente, mostrei ao motorista o meu direito de passagem e procurei um lugar onde me pudesse acomodar.Se rostos havia não os vi.Se pessoas havia...não senti.Éram máscaras de indiferença, indiferentes e indeferênciados.Alguns acompanhavam-me a contragosto nessa viagem fingida em que, sabia já estar já de saída, na próxima estação.Fugi do som abafado das portas pneumáticas ao abrir e fechar.Fugi do som metálico e aberrante dos headphones a rebentar lentamente tímpanos.Mas ,acima de tudo fugi do silêncio, dos olhares que se evitavam cruzar entre eles para continuarem a pensar em... coisa nenhuma.Fugi da solidão, da desagradável sensação de, apesar de estar enfunilado no meio daquela multidão

Compreender a essência de um movimento é, mais do que procurar reproduzi-lo do seu original, antes de mais, entender o seu sentido.O modo de "como" e "porque se faz" ou qual o seu objectivo.Assim, esse movimento que parecia irreal, quiçá artificial,adquire subitamente um valor do qual não suspeitávamos e, revela parte do poder que agora sabemos que possui, fazendo de nós importantes pelo que nos foi revelado.O movimento em si poderá ser executado indefenidamente, aprendendo sempre um pouco mais de cada vez. A perfeição é ...o primeiro limite.