A Cidade

A Cidade é feita de histórias. Uma cidade sem histórias, sem memórias, não é mais do que um aglomerado de construções, mais ou menos pintadas, mais ou menos degradadas, mais ou menos arruadas, e mais ou menos habitadas. Uma cidade sem histórias, é uma cidade vazia, despida do seu Humanismo. As histórias da cidade, quando não preservadas, quando não escritas, esbatem-se e morrem com a memória dos vivos. A cidade, cresce e renasce, constrói-se e reconstrói-se. O que foi já não é, e o que é agora, já não o será depois. Na cidade, onde acontecem as histórias, cada minuto agora, é História no futuro. Cada página escrita, cada memória contada e preservada, é um tesouro de valor incalculável. No futuro, uma palavra simples, abre uma porta e desvenda um enigma do passado. Escrever as histórias da cidade, para que sejam lidas no futuro, é uma obrigatoriedade. Dizer como somos, como vivemos, das nossas alegrias e tristezas. Falar e escrever das coisas simples, é levar uma luz ao futuro, na aparente escuridão, que é a História. Para conhecer a Cidade, é necessário caminhar nela. Sentir os passos a pisar o alcatrão ,a separar a gravilha ou a soltar a terra do descampado. Para conhecer a Cidade, é necessário cheirar a azeda e o malmequer que crescem sem controlo nos baldios ou à beira da estrada. Para conhecer a Cidade , para descobrir novos caminhos, tens de te perder.




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