Destino



Não existe destino, aliás, pergunto-me se pudéssemos assistir do alto de uma  cadeira, ou um monte  aqui, como em um infindável palco, onde presenciaríamos toda uma génese  e uma sucessão de acontecimentos ligados entre si, veríamos uma história sem princípio e sem fim, como uma rede tecida por uma aranha. Podes afirmar com absoluta certeza, onde começa  a rede tecida por ela, e onde acaba? Porque as histórias no palco da vida  se cruzam e  entrecruzam, orbitam umas nas outras, umas com outras, e se no palco onde atuas, podes dizer as horas a que começa, quem diz o quê, quem faz o quê, e provavelmente saberás também as horas quando acabará a peça, neste, o futuro é incerto, uma certeza hoje, é mentira amanhã, e o destino, é tudo aquilo que não viste, quando estavas a olhar.





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